Picapeta - Tanque e Bomba de Combustível

"E ai, quando a Picapeta fica pronta?" é o tipo de pergunta frequente que venho recebendo. A resposta é não sei! Mas eu tenho certeza que ninguém mais do que eu quer ver ela rasgando as ruas novamente. Para essa fase aspirada, não tenho mais nada para comprar, está tudo em mãos. É tudo questão de mão de obra que adicionado ao meu detalhismo e ao tempo disponível, parece que nunca ficará pronta. Mas acreditem, falta pouco! E nesse momento, vou mostrar a instalação da nova bomba de combustível que já foi feito há algum tempo, mas que ainda não havia escrito o post. Sigam-me os bons!

Diferentemente do que fiz no Opala Sparta, na Picapeta resolvi utilizar a mesma bomba GTi 12 bar da Dinâmica, mas adaptada ao copo original interno do tanque. Por quê? Para a fase aspirada posso manter tudo original e se olharem por baixo do veículo, não verão mangueiras que distinguem do original, nem bomba, é uma montagem mais limpa, esteticamente falando, e com maior confiabilidade do sistema, já que diminui o risco de contratempos que uma bomba externa está exposta. Além da bomba sempre estar refrigerada pelo combustível do tanque. Então, vamos tirar o tanque!

Pronto, retirado o tanque. Um "G" maiúsculo, que fica escondido enquanto montado, me trouxe um certa preocupação antes de retirar a tampa com a bomba. Preocupação mais do que correta. Havia usado combustível álcool na última preparação e o "G" deixa claro que o combustível dever ser gasolina e que não existe proteção contra a corrosão que o álcool pode causar. Fudeu? Claro!

A imagem abaixo é do interior do tanque. Todo oxidado, corrosão por pites ou também conhecida como puntiformes. Esse tipo de corrosão precisa de um período longo de latência, e deixei o carro parado com álcool no tanque por uns 2 anos pelo menos. Outra característica da corrosão por pites é que necessita de alta concentração de determinado íons, no caso do álcool são os cloretos. (Só de curiosidade, o álcool PURO não é corrosivo). Bom, existem algumas técnicas para tirar essa corrosão e aplicar um revestimento anticorrosivo (provavelmente tintas epoxídicas curadas com aminas) . Ainda vou testar um, mas por enquanto preferi fazer o que tinha dado início, então estou deixando essa recuperação interna do tanque para depois e se tudo funcionar, mostrarei em detalhes o que fazer e como fazer.

Não costumo aprofundar em teorias neste tipo de tópico, mas já que surgiu a oportunidade, vamos dar mais uma pincelada no básico. No geral, existem dois tipos de materiais para construção de tanques automotivas, Aço Carbono ou Polietileno de Alta Densidade (PEAD). O Aço Carbono tem baixa resistência à corrosão, então sempre existe a necessidade de revestimentos destas chapas com outro elementos químicos, como zinco ou estanho por exemplo. Como a coloração da corrosão está entre vermelho e marrom, pode-se concluir que o revestimento do meu tanque é de uma liga de Zinco e Ferro chamada de Galvanneal (GA), feito através do processo de imersão a quente. Essa liga é menos resistente à corrosão caso o revestimento fosse formado somente por Zinco através de imersão a quente (Galvanizado). Ainda estou pesquisando para dar um parecer definitivo, mas acredito que tanques combustíveis quando de metal para uso com álcool etílico hidratado, ou se usa um revestimento de zinco somente, ou seja, galvanização, ou se faz um revestimento mais espesso com a liga Galvaneal. Mas no resumo, tanques de metal diferem-se quanto ao combustível a ser utilizado. Aguardemos um post técnico a respeito destes dois parágrafos (um dia sai!).

Continuando o serviço...

Se por dentro não fiz nada ainda, por fora dei uma nova cara.

 

Quanto a bomba. Como foi dito anteriormente, na Dinâmica, com 50 reais a mais, ela vem adaptada no copo original. Os corseiros tomem cuidado, nas picapes modelos 2000/2001, como a minha, existem dois tipos de copos. Então, antes de comprar é melhor desmontar a sua primeiro e verificar o modelo antes. Como não fiz isso por não saber e, como o vendedor da Dinâmica também não sabia, a primeira que veio foi a errada. Mas foi trocada sem nenhum problema e ai está ela. Lembrando que o sensor de nível não acompanha o copo, então aproveitei que estava aberta e comprei logo um sensor de nível que é utilizado nos modelos à álcool. O original depois que comecei a usar álcool foi danificada.

 

Fizemos a ligação da mangueira à saída da tampa e fizemos as ligações elétricas no próprio conector original. A vantagem é óbvia. Usando o conector original, você mantém as ligações do sensor de nível intacta e não precisa adaptar nada. Quanto a alimentação e comando pela MS 2 Racing, isso vai ficar para quando eu for instalar a injeção.

Copo montado na tampa e tampa montado no tanque. Pronto para voltar para debaixo do carro.

Tanque instalado.

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Falta ainda trocar o filtro de combustível. Mas isso é serviço de 5 minutos.

Bom galera, é isso ai. Serviço simples mesmo. Atualmente estou fazendo a parte de circulação de água de arrefecimento. Como não usarei a válvula EGR, vou produzir algo que a substitua e para isso precisei antecipar um sonho mais antigo que foi a compra de um equipmento de Solda Mig/Mag. No post do arrefecimento, vai entrar muitos detalhes, deixa esse assunto para lá.

Abraços.